... e a mais não somos obrigados.
Pois, mas no caso de quem tem filhos, o melhor de nós parece que nunca é o suficiente. E não estou a falar de quando eles chegam à adolescência!
Quando eles nascem, se ficamos em casa a tomar conta deles, então somos umas mães chatas que não têm vida própria. Se voltamos ao trabalho, somos mães ausentes que delegam a educação dos filhos noutras pessoas. Se podemos e deixamos as crianças com as avós, somos irresponsáveis porque vamos deixar que cresçam demasiado mimados e sem o beneficio da interacção com outras crianças. Se os colocamos logo na creche, somos irresponsáveis pois não os protegemos nos primeiros tempos de vida das viroses que muitas crianças juntas tendem a originar.
Enfim, o sentimento de culpa está sempre ligado ao facto de se ter querido pôr uma criança neste mundo. E há 3 opções para lidar com isso:
1 - não lidamos e passamos esses sentimentos para segundo plano, enterramo-los no fundo do nosso inconsciente e esperamos que tudo corra pelo melhor;
2 - encontramos um equilíbrio em que aceitamos que não conseguimos fazer melhor, mas damos o melhor de nós ou;
3 - fazemos os nossos filhos "pagar" pela nossa culpa, inundando-os de coisas, actividades, ocupações, preocupações e gadgets que eles nem deviam usar antes dos 15, porque assim minimizamos o que de mau cá vai dentro.
Estes últimos são os hiper-pais (de "hyper-parenting") que, tal como quem hiperventila, têm ataques de ansiedade de cada vez que o filho de 6 anos se esquece do telemóvel em casa, ou que não consegue imaginar um dia em que o petiz de 4 não tenha uma qualquer actividade extra-curricular (inglês, equitação, música, natação, judo...?).
Mas porquê? Ora, isso daria (e já deu) para escrever um livro! O importante é fazer um "time-out", dar um passo atrás, ver como quem está de fora e pensar: sou um hiper-pai?
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Fazemos o melhor que podemos...
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1 comentário:
Olá!
Que interessante o seu blog!
Um belo começo e desejo uma boa continuação. Conte comigo, virei aqui sempre que possa partilhar o que vier a propósito deste tema.
Um grande abraço
Isabel
(do blog "A Escola É Bela").
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