sábado, 26 de março de 2016

Semana da Doula

Há muita gente que me pergunta "mas o que é isso de doula?" 

Nos países anglofonos, a doula é tida como uma "profissional do parto", nao sendo de todo uma profissional de saúde. Acompanham a gravidez da mulher (e às vezes até antes da gravidez), o parto e o pós parto, com informação e apoio, empatia e companheirismo. São conselheiras (na medida em que dão conselhos) e como misters, pois estão sempre lá a insentivar, mas não fazem nada nem tomam decisões pelas mães e companheiros. 

As doulas são as coaches originais. Quando ainda não se falava de coaching em Portugal, já havia doulas. Não há boa tradução para Português, por isso, e como uma imagem vale mil palavras, fica aqui a explicação do que é uma doula. 

Seria bom se, quem teve ou tem uma doula, pudesse dizer o que é ela para si, com uma palavra. 


segunda-feira, 21 de março de 2016

A Páscoa começa...

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, uma semana antes do Domingo de Páscoa. Para nós, há vários anos que começa com a celebração do Seder Pascal, a invocação da cerimónia Judaica da Páscoa que Jesus celebrou antes de morrer. 


Mas este ano vestimo-nos a rigor. :)


E claro q das irmãs Franciscanas adoraram o bebé fofinho e gordinho e risonho que nos acompanhou. Para uma cerimónia deste tipo, os manos mais velhos ficariam irrequietos e aborrecidos. 

Há algo de reconfortante nas celebrações intemporais, que fazem memória do tempo dos profetas e dos primórdios do uniteismo. Tal como partilhar estes momentos com irmãos espirituais enche o coração e a alma. 

Boa Páscoa. 



domingo, 20 de março de 2016

Dormir juntinhos, juntinhos.

Em inglês co-sleeping é dormir no mesmo espaço que os nossos filhos. É diferente de bed sharing que é a partilha da cama. Há regras bastante claras sobre como partilhar a cama com as crianças desde bebés que tornam este acto bastante seguro. Está também provado que partilhar a cama promove e facilita a amamentação, fazendo com que seja mais fácil amamentar durante a noite. 

Sabendo isto, sempre achei natural que os bebés partilhassem a cama dos pais em algum momento. Mas o meu G desde o mês e meio que dorme a noite toda. TODA! Claro que houve a altura dos terrores noturnos, em que acordava a gritar como se o estivessem a matar. E houve as noites de doenças em que vinha para nossa cama para mais facilmente dar um xarope ou antibiótico às 3 da manhã. Mas aquela santa alminha sempre dormiu como um calhau, graças aos bons genes do pai. 

O 2G já não foi assim. Até aos 2 anos tivemos um mini aquecedor entre nós. Que o rapaz é quente. Muito quente. 
Durante 1 ano, desde o verão dos 2 para o verão dos seus 3 anos, partilhou a cama com o mano. Até que este se fartou das cotoveladas e joelhadas e passou para a cama de cima. 
Agora que anda na fase dos terrores, muitas vezes pede para dormir conosco. Ou quando está com febre e pede água de meia em meia hora. 

O mais pequeno, com a graça de Deus, lá terá os genes do pai e também dorme 7/8 horas seguidas desde que tinha semanas. Com o peso a aumentar que nem o texugo (compensa e mama o que tem a mamar durante o dia!) nunca houve problema em deita-lo na cama dele e só passar para a nossa às 5/6 da manhã para aproveitar o resto da noite no quentinho. 

Esta semana o 2G voltou a ter febre. Eu já disse que ele é quente?! Imaginem com 38,5ºC! EU acordava a suar! E a partir das X da madrugada ficava entre o aquecedor de quase 4 anos e o mini aquecedor de quase 6 meses, grudado na mamoca. Que CALOR!!!!

Fazer partilha de cama pode salvar a amamentação e até a sugiro a muitas mães que me procuram. Não sou fundamentalista, mesmo conosco. Partilhamos a cama com eles quando dá jeito, quando é cómodo, e não por princípio ou porque "tem de ser". E é nestas semanas de gente super quente que eu fico feliz por as febres baixarem, os terrores irem embora, não haver surtos de crescimento e eu poder ter a cama toda para mim!!

E para o pai, claro. 

E para a gata, vá. 

Até as 5 da manhã. 

Enfim. 

domingo, 13 de março de 2016

Escolas na floresta

Há muitos anos li o livro "Under pressure - rescuing our children from the culture of hyper-parenting" de Carl Honoré (2008) que é um dos pontos de partida para este blog. Um dos assuntos que me chamou a atenção, no livro, foram as escolas na floresta. Investiguei um pouco e fiquei a saber que ainda eram poucas e, claro, todas no norte da Europa.

ha pouco tempo enviaram-me um email com esta reportagem onde dizem a importância de as crianças sentirem frio, se sentirem molhadas, e sobreviverem a isso. E é maravilhosos.
O pedagogo diz que em 17 anos levou apenas uma criança ao hospital. A razão? O pai passou-lhe com uma roda em cima do pé. Depois de ver as crianças subir ao topo de uma arvore, esta afirmação é espantosa.

Quem me dera que houvesse mais escolas em florestas, perto de riachos. Quem me dera que os nossos miúdos não passassem o dia enfiados em salas porque "está a chover" ou "está vento", e muitos deles quando vão ao recreio é um quadrado de cimento com brinquedos de plástico e chão de borracha.

Pode ser que um dia....