terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Eu, mãe que amamento, afirmo! (Disclaimer)



Sou a favor do parto natural e humanizado.
  • Mas apoio e compreendo todas as mulheres que decidem ou que são convencidas de que precisam de procedimentos médicos para ajudar os seus bebés a nascer. Eu sei que todas queremos o melhor para os nossos filhos, mesmo antes deles nascerem.
Sou a favor da amamentação em exclusivo até aos 6 meses e prolongada pelo menos até aos 2 anos.
  • Mas apoio e compreendo as mulheres que não podem/querem/conseguem amamentar os seus filhos e tento ajudar no que for preciso (mesmo a terminar a relação de amamentação) em prol do que é melhor para a dupla mãe-bebé. Eu sei que todas queremos o melhor para os nossos filhos, mesmo que tenha de ser através de um biberon.
Sou a favor da parentalidade des-stressada, humilde e com poucos recursos materiais.
  • Mas compreendo quem quer ter tudo o que vê nos filmes/novelas/revistas, seja o carrinho de passeio, a roupa de marca, a espreguiçadeira que se mexe sozinha, o parque ou o biberon vindo dos Estados Unidos, desde que no fim o contacto com o seu bebé seja privilegiado. Porque eu sei que todas queremos o melhor para os nossos filhos, mesmo que se vistam só com roupa de marca .
Sou a favor de uma parentalidade de proximidade (attachment parenting) e uso e recomendo o uso de sling/pano e de dormir com o bebé no mesmo quarto/cama.
  • Mas compreendo e apoio quem não quer/consegue usar um sling ou dormir no mesmo quarto que o seu filho. Porque eu sei que todas queremos o melhor para os nossos filhos, mesmo que o bebé ande sempre no carrinho de passeio.

Sou a FAVOR do não quando é preciso.
Sou CONTRA o treinar o bebé a dormir deixando-o chorar e não apoio nem compreendo quem o faz.
Sou CONTRA o bebé dormir sozinho no quarto antes, no mínimo  dos 6 meses de vida. O morte súbita do lactente existe, é horrível e mais frequente em bebés com menos de 6 meses que dormem longe dos pais.
Sou CONTRA tudo o que faz os bebés tristes e não apoio nem compreendo quem bate em bebés tentando corrigir actos que são instintivos e intuitivos de pequenos seres que ainda não têm capacidade para processar toda a informação à sua volta.

Não sou perfeita nem tenho aspirações a ser. Sim, às vezes gritos com os miúdos e às vezes apetecia-me recambia-los para casa dos avós. Mas amo-os mais que à vida e é minha responsabilidade cria-los num ambiente saudável, seguro e, principalmente, cheio de amor.

Ao contrário das minhas crenças religiosas, as minhas convicções em todos os assuntos acima descritos são baseadas SEMPRE nas bases científicas mais recentes. Não tenho medo de me retratar em qualquer opinião se me mostrarem estudos recentes e idóneos que indiquem o contrário daquilo que defendo. A isto se chama ciência, na qual eu trabalho. Não acredito em coisas simplesmente porque a tia Joana me disse, ou porque "li na net". 

Posto isto, compreendo que me vejam como uma "fanática" da amamentação e do parto na água. Mas isto não quer dizer que não consiga compreender quem não o é. Não me vou retraír de falar da minha experiência acerca destes e de outros vários assuntos, como espero que quem comigo fala também não o faça pois da diversidade se faz a raça humana. Também não me vou coibir de mostrar fotos do parto do meu filho ou de o amamentar onde quer que seja para não ferir sentimentos, pois espero que quem pense de outra forma ou tenha passado por experiências diferentes também não se deve coibir de o demonstrar.

Todos os dias aprendo com os meus filhos. Por isso, e por todos os livros que leio e pessoas com quem converso, seja ao vivo ou na internet, acontece este post.

Ninguém é melhor ou pior mãe se se tenta criar os filhos com amor e respeito. Quer seja com carrinho ou sling, com mamas ou biberons, o que interessa é ama-los e cuida-los o melhor que conseguimos e sabemos, com a ajuda umas das outras.

:)